sexta-feira, 29 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Ladrão na cruz

O último cravo penetrou minha carne, perfurando minha alma...
Jorrando dos meus pulsos, mãos, escorrendo pelos pés e se espalhando como lama, entre as pedras e na terra.
Meu sangue fugia de medo, levando com ele os erros que chamei de vida...
Sentia minha mente sufocada, se entorpecendo de dor...
Meu coração bombeava enfraquecido, não me deixava esquecer o terror da noite eterna que se aproximava... a morte seria meu alívio.
Olhei à frente, abaixo, atraído pelos gritos, gargalhadas, soluços e vaias...
Pequenas pessoas. Homens e mulheres misturados...
Olhos vermelhos, olhos irados, feições de medo, sorrisos calados...
Guiei minha visão um pouco à direita e uma dezena de gotas, como rubi, acariciavam a terra como se quisessem acalmá-la...
Um fio escarlate brotava da cruz ao meu lado, surgindo daqueles pés arranhados e feridos.
Cortes profundos cresciam até os joelhos...
Coxas, cintura, peito...
O abdômen contraído parecia querer erguer o corpo exausto;
Das mãos um vermelho brilhante mergulhava apaixonadamente para marcar aquela terra sofrida...
Busquei, num instante, o rosto daquele homem e vi os cortes e arranhões...
Vi uma coroa de espinhos...
Meu coração disparou quando o encontrei a me contemplar,
Como uma explosão que iria algo poderoso libertar...
Eu senti o amor me olhar... a dor se foi
A luz inundou-me pelas feridas em minha carne
Como o sol que entra no quarto pelas frestas da janela, aquecendo e dissipando o frio,
a angústia e a solidão.
Num suspiro confessei:
-Tu és o Cristo, Senhor!
E antes que eu pudesse respirar, a voz, como um delicado trovão, tocou meu espírito.

Fechei os olhos sentindo o acariciar do vento...
Houve silêncio...
A terra gemeu...
O sol escureceu
Abri os olhos e o verde brilhante estendia-se, num sobe e desce,
até tocar o infinito azul celeste!
A voz tornara-se como o som de muitas águas,
E, caminhando ao meu lado,
O bom pastor me guiava!

Sérgio Oliveira
SRS-27-04-2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Indo...

Seguimos a ordem do IDE de Jesus, mas servimos ao nosso ID.
Se olharmos somente a junção das letras: I, D e E saímos e partimos entregues a toda sorte de loucura, porém o texto continua dizendo:
“Ensinai”. Se houver a aceitação do IDE deverá também caber o “aprender” entre “Ide” e “Ensinai”. “Todas as nações”.
Não mais pra um grupo fechado, mas para todos no caminho, para todos que deixaram de ter e passaram a ser, e para os que sendo não o sabem ainda.
“Todas as nações” tornar-se a possibilidade do momento, do agora, do encontro de gente como todas as nações. Globalizadas, misturadas e polvilhadas. “Mergulhando-as”, “colocando-as dentro”, “submergindo-as” em nome, no nome, dentro do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Novamente a ordem é ensinar e não o ir. Da questão entre ir ou não ir para cumprir o IDE, prevalece o aprender para ensinar. Assim haverá um tempo aprendendo. Aprender o que? A ser submisso, a guardar e a sujeitar-se. Será necessário um tempo para reter e manter o que será dado, ensinado. E são todas as coisas, é preciso estar alerta e atento a cada, e somente a cada segundo da jornada, nem antes nem depois, somente no agora, somente em existindo. Jesus continua com uma ordem dentro da ordem “– que eu vos tenho mandado.” Submissão ao senhorio de Jesus é pré-requisito para quem vai (IDE).
Mas quais são esses requisitos?
Que mandamentos são estes?
Resumidamente: Amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo.
Basicamente Mateus 5, 6 e 7 e textos correlatos.
Historicamente: os 4 evangelhos.
Detalhadamente o Novo Testamento.
Humanamente: a Bíblia (VT e NT), livros sobre a história da humanidade.

A “atitude prática do amor” surge quando a obediência é necessária. “Eis que estou convosco”. A conseqüência de ir, depois de ensinado, é o saber de quem sou discípulo, pois me tornarei o corpo, o templo, o veículo da Palavra do meu Senhor.
Em as pessoas os conhecendo, que conheçam a mim. Vocês são meu corpo, eu Sou do Pai. Vocês são meus, pois o Pai se alegrou em me dar vocês em amor.
Saber é tornar-se, é ser, é ser junto com Ele todos os dias até a consumação dos séculos. Vivendo o dia, um após o outro, vivendo, existindo, aprendendo, ensinando, sendo até a consumação.
Mateus 28: 19 e 20


Está consumado.
Amém.

Sérgio Oliveira
SRS-25/04/2011